Como o investimento estrangeiro direto (IED) e as reservas internacionais de um país podem afetar o câmbio?

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Para uma especulação mais assertiva no mercado de câmbio, é necessário o uso de recursos e análises que possam prever, em certa medida, o movimento das moedas e o sentimento dos investidores num determinado país. Geralmente, os day traders costumam fazer mais uso de indicadores de análise técnica para prever esses movimentos. No entanto, para traders que olham mais para o longo prazo é interessante levar em conta também os indicadores de natureza macroeconômica dos países (a chamada “análise fundamentalista”), como é o caso dos investimentos estrangeiros diretos (IED) e o nível das reservas internacionais, que podem ser ferramentas úteis na previsão de movimentos de câmbio. Neste artigo, falaremos justamente sobre esses dois temas.

IED e câmbio

Uma forma de se analisar o grau de vulnerabilidade externa de um país e sua relação com o câmbio pode ser encontrada na necessidade de financiamento externo, que é igual ao déficit em transações correntes menos o fluxo de investimento estrangeiro direto no país. Quando o fluxo de investimento direto do exterior é maior que o déficit em transações correntes de um país, isso demonstra situação de tranquilidade e, portanto, grandes variações no câmbio não devem ser esperadas. Já quando o fluxo de investimento estrangeiro direto não é suficiente para cobrir um eventual déficit em transações correntes, a moeda do país tende a se desvalorizar frente a seus pares internacionais.

Reservas internacionais e o câmbio

Outra questão importante a se observar são as reservas internacionais líquidas, que representam o montante de moeda estrangeira que o país detém e que estão prontamente disponíveis para atender às necessidades de financiamento de suas contas externas, ou para intervenção pontual no mercado de câmbio, por exemplo. Os governos podem usar suas reservas cambiais como uma forma de proteção em momentos de crise, quando geralmente ocorre fuga de capitais do país, queda nas exportações, desvalorização cambial, entre outros fenômenos prejudiciais à economia. Em resumo, o estado saudável das reservas internacionais tende a ser um fator que pode diminuir grandes variações no câmbio, já que o banco central de um país pode utiliza-las para fazer intervenções no mercado e evitar oscilações bruscas na taxa cambial de sua moeda.

Dados sobre IED e reservas internacionais

Valdir da Silva

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