O valor em risco (Value at Risk — VaR) representa a possível perda em uma firma, carteira ou posição em determinado período. Sua aplicação mais comum é por bancos e gestores de investimentos, para fins de avaliação do risco financeiro.
A modelagem do VaR quantifica o prejuízo possível, a probabilidade de sua ocorrência e o horizonte de tempo.
A avaliação do VaR ajuda a determinar os riscos cumulativos de posições mantidas pela instituição em questão. Usando os dados resultantes da modelagem do VaR, a instituição financeira pode decidir se tem reservas de capital suficientes para cobrir perdas ou se os riscos acima do aceitável exigem mudanças na carteira para investimentos de menor risco.
Valor em risco marginal (MVaR) é o adicional de risco decorrente da inclusão de um novo investimento na carteira. O MVaR ajuda o gestor a entender a mudança do risco da carteira decorrente da retirada ou inclusão de determinado investimento.
Um investimento pode ter VaR alto, mas se ele tem correlação negativa com a carteira, ele pode implicar em um risco relativamente menor dentro da carteira do que quando avaliado separadamente.
Existem três formas principais de calcular o VaR: método histórico, método paramétrico e simulação de Monte Carlo. Cada um tem seus cálculos, vantagens e desvantagens em termos de complexidade, rapidez de cálculo, aplicabilidade a certos instrumentos financeiros, bem como outros fatores.
Dos métodos de cálculo do VaR, o método histórico é o mais simples. Com os dados do mercado dos últimos 100 dias em mãos, calcula-se a variação percentual de cada fator de risco em cada dia. Cada variação percentual é então calculada com os valores atuais do mercado, projetando 100 cenários para o valor futuro.
Em cada cenário, a carteira é avaliada usando modelos de preço completos e não lineares. Supõe-se que o quinto pior dia da série é o VaR de 95%.
Sabendo que:
O método paramétrico também é conhecido como método variância-covariância. Pressupõe-se que os retornos têm distribuição normal. Dois fatores são estimados: retorno esperado e desvio padrão.
O método paramétrico é mais adequado para problemas de medição de riscos, em que as distribuições são conhecidas e estimadas com grau satisfatório de confiança. O método não é confiável quando a amostra é muito pequena.
Seja l a perda da carteira p, que tem n instrumentos.
No método de Monte Carlo, o valor em risco é calculado criando aleatoriamente cenários de taxas futuras, usando modelos de preço não lineares, de forma a estimar a variação no valor de cada cenário e, em seguida, calcular o VaR conforme as piores perdas.
O método de Monte Carlo é adequado para vários problemas de medição de riscos, sobretudo ao lidar com fatores complicados. Ele supõe que existe uma alocação de probabilidades conhecida para os fatores de risco.
Suponha que o gestor queira calcular o VaR de 95% de 1 dia para a ação XYZ usando 100 dias de dados. Recorrendo ao método histórico, esse gestor consultaria os últimos 100 dias de retornos da ação XYZ, do pior para o melhor. Tendo os 100 retornos seguintes, do menor para o maior:
O VaR do 95º percentil, neste caso, corresponde a -3,64%. O gestor poderia afirmar que o VaR de 95% de um dia é um prejuízo de 3,64%. Se esse risco fica dentro da faixa aceitável para o gestor, então a ação XYZ pode ser considerada um bom investimento.
O valor em risco é uma porcentagem que indica o grau de risco da carteira. O valor em risco é medido em unidades de preço ou em porcentagem. Assim, a interpretação e a compreensão do VaR são relativamente simples.
O valor em risco se aplica a todos os tipos de ativos: títulos, ações, derivativos, moedas etc. Logo, as várias instituições financeiras podem recorrer ao VaR para avaliar a rentabilidade e o risco de diferentes investimentos.
O valor em risco é uma medida amplamente usada e, portanto, é um padrão aceito na compra, venda e recomendação de ativos.
O cálculo do valor em risco de uma carteira exige calcular o risco e o rendimento de cada ativo e as correlações entre eles. Logo, quanto maior a quantidade ou a diversidade de ativos na carteira, maior a dificuldade de calcular o VaR.
As diferentes abordagens ao cálculo do VaR podem gerar regras diferentes para uma mesma carteira.
O cálculo do VaR exige fazer certas suposições e usá-las como parâmetros de entrada. Se as suposições são incorretas, o VaR resultante também é incorreto.
A gestão de carteira de uma empresa é um processo complexo que exige aperfeiçoamento constante de habilidades. Para negociar com sucesso no mercado Forex, o trader deve seguir regras de gestão e gerenciamento de riscos, como dimensionamento da posição, diversificação e limitação de perdas com ordens Stop Loss (Perda Máxima), negociação com alavancagem etc. Felizmente, a FBS oferece uma variedade de materiais de formação, com os quais traders de todos os níveis — do iniciante ao avançado — podem aprimorar seus resultados no trading.